WOODSTOCK 40 ANOS


WOOD
AGITADÍSSIMA FOI A DÉCADA DE 60. ÉPOCA DE GUERRA FRIA, CHEGADA NA LUA, GUERRA DO VIETNÃ, MORTE DE LUTERKING, REVOLUÇÃO ESTUDANTIL (MAIO DE 68) E DO MAIOR FESTIVAL DE MÚSICA DA HISTÓRIA: WOODSTOCK.

EM MERECIDA HOMENAGEM PELOS 40 ANOS DE HISTÓRIA DO FESTIVAL HIPPIE, REPRODUZIMOS ESTA MATÉRIA PARA DELEITE DE NOSSOS/AS LEITORES/AS CONTANDO O QUE FOI, COMO ACONTECEU E O QUE REPRESENTOU O ACONTECIMENTO HISTÓRICO.

Toda História de Woodstock 69…

Texto e direito autorais de: The Times Herald-Record – 1994.
Tradução: Helen Dias.
Adaptação e texto final: Mário Santos.

O último fã encharcado de lama deixou o pasto de Max Yasgur a mais de 25 anos atrás. Isso foi quando o debate sobre o significado histórico de Woodstock começou. Verdadeiros crentes na cultura hippie chamam Woodstock de “o marco final de uma era dedicada ao avanço humano”. Os cínicos dizem que foi “o fim adequado e ridículo de uma era de ingenuidade”. Há ainda os que dizem que tudo aquilo foi apenas uma festa dos infernos!
A Feira de Arte e Música de Woodstock, em 1969, trouxeram mais de 450.000 pessoas para um pasto no Condado de Sullivan. Durante quatro dias, o local se tornou uma mini-nação contra-cultural na qual as mentes estavam abertas, drogas eram o que havia de mais legal e o amor era “livre”. A música começou na tarde de 15 de agosto, sexta-feira, às 17:07h e continuou até a metade da manhã do dia 18 de agosto, segunda-feira. O festival fechou a via expressa do Estado de Nova Iorque e criou um dos piores engarrafamentos da nação. Também inspirou um monte de leis locais e estatais para assegurar que nada como isto jamais aconteceria novamente.
Woodstock, como poucos eventos históricos, se tornaram uma espécie de herança cultural, para os EUA e para o mundo. Assim como “Watergate” representa uma crise nacional e “Waterloo” representa derrota, “Woodstock” se tornou um adjetivo imediato que denota o poder dos jovens e os excessos dos anos 60.

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TEMPO PRESENTE: MICHAEL JACKSON


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Da SuperInteressante

Na noite de 16 de maio de 1983, 3 mil celebridades norte-americanas lotaram um teatro em Los Angeles para assistir a uma apresentação comemorativa dos 25 anos da gravadora Motown. De suas casas, 50 milhões de norte-americanos acompanharam pela TV a apresentação dos vários artistas negros até que Michael Jackson se viu sozinho no palco. Ele começou a cantar “Billie Jean”, sucesso do álbum que havia lançado seis meses antes. De repente, Jackson parou de cantar, andou até o canto esquerdo do palco e voltou… deslizando de costas. A cena, que ficou gravada para a posteridade, é impressionante: são 3 mil queixos caídos.
Naquela noite, mais do que mostrar pela primeira vez o passo que batizou como moonwalk (algo como “andando na Lua”), Michael Jackson foi dormir consagrado como nada menos que o Rei do Pop. “Foi aquele momento que cristalizou o status de celebridade de Michael Jackson”, cravou a prestigiada revista americana Rolling Stone. “Moonwalk, no mundo do entretenimento, só é comparável ao andar de vagabundo de Chaplin, à seqüência de Gene Kelly em Dançando na Chuva e aos passos de Fred Astaire no filme Núpcias Reais”, compara o jornalista britânico Nick Bishop em Freak (“Esquisito”, inédito no Brasil), uma das várias biografias não autorizadas do cantor. Pois depois daquela apresentação, tanto Fred Astaire quanto Gene Kelly foram atrás de Jackson para parabenizá-lo. “Kelly veio à minha casa. Depois, ensinei o passo a Astaire”, conta o astro em sua autobiografia, não por acaso chamada Moonwalk (1988).
Hoje é seguro dizer: 16 de maio de 1983 foi a primeira noite do resto da vida de Michael Jackson. A partir daquele momento, ele nunca mais seria esquecido (mas também não poderia andar sozinho nas ruas), nunca mais deixaria de realizar seus sonhos (mas também passaria a ser ridicularizado por cada um deles), nunca mais deixaria de ser adulado pelos fãs (mas também teria passaporte vip para as manchetes sensacionalistas de todo o mundo). Nunca mais, enfim, teria vida normal. E por isso acabaria se refugiando no único lugar onde poderia ser ele mesmo: a Terra do Nunca, nome em português do rancho Neverland.

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COMO MICHAEL JACKSON FICOU BRANCO

A ORDEM DOS ILUMINADOS


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A ordem dos iluminados
A illuminati, sociedade secreta que aparece no enredo do filme Anjos e demônios, surgiu na Baviera, no século XVIII, e já foi alvo de tantas teorias da conspiração que chegou a ser relacionada com a Revolução Francesa e o processo de independência dos estados Unidos

Por Sérgio Pereira Couto de Leituras na História

Perigosos e dominadores. Assim são lembrados os membros da sociedade secreta Illuminati. Muito antes de surgirem nas telas de cinema no filme Anjos e demônios (Estados Unidos, 2009), baseado no livro homônimo do escritor norte-americano Dan Brown, os participantes desse misterioso grupo já eram relacionados com teorias conspiratórias que se referem à dominação do mundo. A Illuminati parece ter sido tão poderosa, que a escritora norte-americana Shelley Klein, autora de As sociedades secretas mais perversas da história, chegou a dizer: “de todas as sociedades secretas que pesquisei, essa é a mais vil”.

A palavra “illuminati” vem do latim e significa “iluminado” (no plural, illuminatus). Pesquisar sobre a história da Illuminati não é fácil, já que a maioria dos textos existentes sobre o assunto são artigos de pouca ou nenhuma base acadêmica e que fazem a festa de “conspirólogos”. Mesmo assim é possível usar as poucas fontes existentes para estabelecer uma origem para a ordem.

ILLUMINATUS DA BAVIERA

A seita Illuminati foi fundada em 1° de maio de 1776 pelo alemão Adam Weishaupt (1748- 1830), filósofo e professor de lei canônica da Universidade de Ingolstadt, localizada na Baviera, Estado federal da Alemanha. Weishaupt era adepto do Iluminismo, movimento do século XVIII que buscava o conhecimento por meio da razão e da Ciência, contradizendo os dogmas da Igreja Católica.

Para fugir do controle imposto pelos católicos, homens como Weishaupt fundaram diversas sociedades secretas. Além da Illuminati, apare- ceram outras como a Estrita Observância (ligada à maçonaria e à tradição templária) e a Rosacruz (que propaga o mito de Christian Rosenkreuz, personagem lendário que teria vivido entre os séculos XIII e XIV).

O objetivo inicial de Weishaupt era que sua organização servisse para que as pessoas pudessem entrar em contato com ideias do progresso e da razão. Para isso, ele buscou a adesão de intelectuais e membros da maçonaria e elaborou um esquema em que o iniciado no grupo passaria por um processo de adesão em três passos: no- viciado, minerval e minerval iluminado, também chamado de illuminatus minor. A cada etapa, as pessoas deveriam ter contato com ideias de auto- res como o escritor Gotthold Ephraim Lessing (1729-1781), o filósofo Johann Gottfried von Herder (1744-1803) e o poeta Christoph Martin Wieland (1733-1813).

Diferente das demais sociedades secretas, que utilizavam um sistema de aprendizado contínuo para revelar informações ocultas, o projeto de Weishaupt era mais ambicioso: ele faria que os interessados ampliassem seu conhecimen- to por meio de leituras acessíveis e, assim, se subvertessem à sua causa.

A finalidade era minar a autoridade da Igreja Católica. A sociedade de Weishaupt ficou conhecida como a Illuminati da Baviera, tendo em vis- ta que existiram outros grupos que também se chamavam de “ilumina- dos”, em latim.

Weishaupt utilizou toda uma nova nomenclatura para definir a hierarquia da Illuminati. Até mesmo rebatizou as cidades onde os membros de sua sociedade estavam ativos. Para isso, ele se inspirou em nomes das pólis gregas. Assim, Ingolstadt ficou conhecida com o codinome de Elêusis; Muni- que se tornou Atenas; Ravensberg virou Tebas, e assim por diante. Já os apelidos dos membros tinham origem na mitologia: o líder tornou-se conhecido como Spartacus e os outros membros assinavam com nomes clássicos como Tibério, Ájax e Agaton.

Porém, apesar de todo o trabalho de Weishaupt, até 1780 a Illuminati só contava com cerca de uma centena de membros. Foi nessa época que o ale- mão tentou ampliar o poder e influência do grupo, voltando-se para a loja maçônica em que havia sido iniciado por volta de 1777, em Munique, chamada Zur Behutsamkeit (“A Prudência”, em português). Weishaupt esperava que, com a aproximação entre a Illuminati e a maçonaria, ele pudesse usar a rede de contatos maçônica para difundir seus ideais.

MUDANÇA DE ORDEM

Placa em memória à illuminati, localizada na Universidade de ingolstadt
Um dos primeiros maçons que aderiram tam- bém à organização de Weishaupt foi o escritor Adolf Von Knigge (1752-1796), até então mem- bro da Estrita Observância. Um dos motivos que o levaram a se juntar à Illuminati foi o desejo de encontrar um grupo que permitisse realizar ex- periências alquímicas. Não demorou muito para que Adolf Von Knigge se tornasse um membro quase tão influente quanto o próprio Weishaupt, a quem ele acusava de ser exagerado em seu sen- timento anticlerical.

O envolvimento de Von Knigge com a Illuminati deixou a Estrita Observância, que era profundamente cristã, em estado de alerta. O que não adiantou muito, já que a Illuminati, codiri- gida por Weishaupt e Von Knigge, tirou proveito dessa competição de uma maneira mais agressiva. Como primeira provocação, Von Knigge criou três altos graus na hierarquia da Illuminati e deu a eles títulos originalmente maçônicos: franco- maçom, illuminatus major e illuminatus dirigens. Pouco depois é acrescentada uma segunda classe de altas posições: sacerdote, regente e magnus rex.

Essa hierarquia fez que a Illuminati conquis- tasse centenas de maçons que se mostravam insatisfeitos com a Estrita Observância. Não demorou muito para que a seita fundada por Weishaupt chegasse ao impressionante número de 3 mil membros e se tornasse influente não apenas na Ba- viera, mas também em regiões da Áustria e Hungria. Logo o processo de seleção para ingressar na sociedade tornou-se mais exigente e a Illuminati passou a aceitar apenas banqueiros, mercadores em franca ascensão financeira, militares de altas patentes e, por incrível que pareça, até mesmo alguns membros do clero que entram por causa da fachada maçônica que a ordem divulgava.

AS MARCAS DO DÓLAR

Para aqueles que acreditam que os membros da Illuminati sempre estiveram infiltrados no governo dos Estados Unidos, as provas estão nos símbolos da moeda norte-americana

Estariam os adeptos da illuminati infiltrados no governo dos estados Unidos desde a formação do país? apesar de essa ideia parecer mirabolante demais para a maioria das pessoas, há quem acredite nela, incluindo pesquisadores como paul H. Koch e Robert Goodman.

A teoria conspiratória foi divulgada no livro La conspiración de los Illuminati, do jornalista espanhol santiago camacho. segundo ele, para verificar a influência da illuminati no governo norte-americano, basta analisar a nota de 1 dólar. Vire-a e observe a figura da pirâmide, do lado esquerdo da nota, com um triângulo em seu ápice e um olho brilhante. esse é o famoso “olho que tudo vê”, um símbolo que os pesquisadores creem que seja originalmente da illuminati e que os maçons tenham se apropriado, já que representa o olho de deus. na visão dos “conspirólogos”, o olho significa uma mensagem da illuminati: “estamos em todos os lugares e vemos tudo o que acontece ao nosso redor”

A base da pirâmide é cega e feita de tijolos de tamanhos e formas iguais, que sim- bolizariam a população que a ordem quer controlar. abaixo da pirâmide, há a inscrição “novus ordo seclorum”, que significa “nova ordem dos séculos” e que os “conspirólogos” afirmam ser uma alusão à “nova ordem mundial”, o conceito de domínio mundial da illuminati.

A base da pirâmide é cega e feita de tijolos de tamanhos e formas iguais, que sim- bolizariam a população que a ordem quer controlar. abaixo da pirâmide, há a inscrição “novus ordo seclorum”, que significa “nova ordem dos séculos” e que os “cons- pirólogos” afirmam ser uma alusão à “nova ordem mundial”, o conceito de domínio mundial da illuminati.

Esse progresso todo acabou atraindo muitos inimigos importantes, como membros da realeza. Um deles foi Frederico Guilherme II (1744-1797), da Prússia, que já era um iniciado na Rosacruz.

Foi o apoio dele que demarcou o conflito entre as lojas maçônicas de Berlim, adquiridas pela Rosa- cruz, e a Illuminati, acusada de minar a religião cristã e fazer da sociedade um sistema político.

O pesquisador brasileiro A. Tenório de Albu- querque descreveu em sua obra Sociedades secretas o pensamento de Weishaupt: “Adam Weishaupt negava a legitimidade política e religiosa, jul- gando que o melhor meio para alcançar resul- tados a que se propunha era cercar os príncipes de pessoas idôneas, capazes de dirigi-los com os seus sábios conselhos, induzindo-os a confiar o exercício da autoridade em mãos de homens de provada pureza e retidão”.

O trecho do livro de Tenório de Albuquerque reflete a ideologia da Illuminati. Foi por causa dessa forma de agir e pensar que a sociedade ganhou a fama de tentar se envolver com os grandes líderes mundiais a fim de assumir o controle da situação e dominar o panorama social e político. No entanto, os membros da Illuminati nunca se identificavam como tais e agiam sorrateiramente

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