EUCLIDES DA CUNHA – 100 ANOS

euclides
Num dia de agosto, exatamente 15 deste mês fatídico no ano de 1909, tombou vítima de um tiro e por amor (e ciúmes ), um dos maiores escritores de nossa história. O autor do grande clássico, OS SERTÕES, Euclides da Cunha.

Em sua homenagem, Mania de História traz dados biográficos e coloca à disposição de nossos leitores informações a perder de vista sobre o consagrado escritor, extraídas de sua página na ABL – Academia Brasileira de Letras.

Dados biográficos

Euclides Rodrigues da Cunha nasceu em Cantagalo, 20 de janeiro de 1866. Foi escritor, sociólogo, repórter jornalístico, historiador e engenheiro brasileiro. Órfão de mãe desde os três anos de idade, foi educado pelas tias. Freqüentou conceituados colégios fluminenses e, quando precisou prosseguir seus estudos, ingressou na Escola Politécnica e, um ano depois, na Escola Militar da Praia Vermelha.

Cadete republicano
Contagiado pelo ardor republicano dos cadetes e de Benjamin Constant, professor da Escola Militar, atirou durante revista às tropas sua espada aos pés do Ministro da Guerra Tomás Coelho. Euclides foi submetido ao Conselho de Disciplina e, em 1888, saiu do Exército. Participou ativamente da propaganda republicana no jornal O Estado de S. Paulo.

Proclamada a República, foi reintegrado ao Exército com promoção. Ingressou na Escola Superior de Guerra e conseguiu ser primeiro-tenente e bacharel em Matemáticas, Ciências Físicas e Naturais.

Euclides casou-se com Ana Emília Ribeiro, filha do major Frederico Solon de Sampaio Ribeiro, um dos líderes da República.

Ciclo de Canudos
Em 1891, deixou a Escola de Guerra e foi designado coadjuvante de ensino na Escola Militar. Em 1893, praticou na Estrada de Ferro Central do Brasil. Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos pioneiros intitulados “A nossa Vendéia” que lhe valeram um convite d’O Estado de S. Paulo para presenciar o final do conflito. Isso porque ele considerava, como muitos republicanos à época, que o movimento de Antonio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia e era apoiado pelos monarquistas residentes no País e no exterior.

“Tragédia da Piedade”
Morreu em 1909. Ao saber que sua esposa, mais conhecida como Ana de Assis, o abandonara pelo jovem tenente Dilermando de Assis, que aparentemente já tinha sido ou era seu amante há tempos – e a quem Euclides atribuía a paternidade de um dos filhos de Ana, “a espiga de milho no meio do cafezal” (querendo dizer que era o único louro numa família de tez morena) -, saiu armado na direção da casa do militar, disposto a matar ou morrer. Dilermando era campeão de tiro e matou-o. Tudo indica que o matou lealmente, tanto que foi absolvido na Justiça Militar. Ana casou-se com ele.

O corpo de Euclides foi examinado pelo médico e escritor Afrânio Peixoto, que também assinou o laudo e viria mais tarde a ocupar a sua cadeira na Academia Brasileira de Letras.

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Autor: luislins

Pernambucano, Casado, quatro filhos, Servidor Público.

Uma consideração sobre “EUCLIDES DA CUNHA – 100 ANOS”

  1. As coisas que o Euclides da Cunha dizia naquela época, soam como se ele estivesse dizendo agora.

    Impressiona-me essa indiferença, o descaso que se tem nesse País por tudo que deveria ser de interesse geral. Isso é muito pior do que qualquer rebelião armada. Porque essa indiferença é crime sem flagrante, delinqüência que ninguém vê, mas todo mundo sente.

    Euclides da Cunha.

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