MILITARIZAÇÃO DO GOVERNO BOLSONARO


Desde que assumiu o poder, o governo do presidente Jair Bolsonaro praticamente dobrou o número de militares em cargos estratégicos em vários escalões. Oficiais da mais alta patente assumiram destaque em várias pastas, entre elas os ministérios da Defesa, da Saúde e o de Minas e Energia, além da Secretaria-Geral da Presidência, do Gabinete de Segurança Institucional e da própria Vice-Presidência, entre outros. Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União ainda em 2020 identificou 6.157 militares da ativa e da reserva ocupando cargos civis no governo. A militarização do governo Bolsonaro é o tema do Opinião Pernambuco desta terça-feira (06), que começa às 19h40, na @tvurecife.
Você pode assistir ao programa, ao vivo, no canal 11.1 (TVU Recife) e pela internet, acessando o link http://tvu.ntvru.ufpe.br/ . O Opinião Pernambuco também é veiculado de segunda a sexta, às 17h30, nas rádios Universitária FM 99,9 e Paulo Freire AM 820 KHz, e você pode rever todos os programas da temporada 2020 no canal do youtube da TVU Recife: https://www.youtube.com/tvurecife
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CONVITE


Prezados,
É com satisfação que convidamos todos vocês para participar de mais uma sessão do SIG DHANA – Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas no dia 08 de abril, quinta-feira, às 14h (horário de Brasília) por webconferência.
⚠️⚠️⚠️Teremos emissão de certificados!⚠️⚠️⚠️
A reunião do grupo terá como tema:
Trabalho e renda na promoção da soberania alimentar
Com a participação de:
– Katia Maia
Diretora Executiva da Oxfam Brasil
– Valéria Burity
Secretária Geral da FIAN Brasil
-Francisco Menezes
Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Instruções técnicas para conexão na webconferência:
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Endereço da reunião:
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NÃO HAVIA PERIGO COMUNISTA


Historiador explica que não havia risco de “golpe comunista” em 1964

Bruno Leal

 Bruno Leal5 dias atrás

O 31 de março, aniversário do golpe civil-militar de 1964, é uma data propícia para a circulação de informações erradas sobre o início do período autoritário brasileiro (1964-1985). Um dos erros históricos mais comuns é a explicação de que o golpe de estado foi dado porque havia um golpe comunista em curso no Brasil, e que o país se tornaria uma “nova Cuba” caso os militares não agissem. Nesta quarta-feira, essa antiga tese, criada pelos próprios setores golpistas, foi requentada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, pelos deputados federais Eduardo Bolsonaro e Carlos Jordy, e por Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, órgão vinculado ao governo federal, em suas respectivas contas no Twitter.

Em 2019, ano que marcou os 55 anos do golpe de 1964, o Café História fez um especial audiovisual sobre a ditadura militar com o historiador Carlos Fico, professor titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fico, que é um dos maiores especialistas na história da ditadura militar brasileira, explicou, didaticamente, em um dos vídeos desta série, que não havia qualquer chance de golpe comunista no Brasil.

“Isso não é verdade, porque os comunistas tinham muita pouca força política naquele momento, embora houvesse, de fato, muitas greves e manifestações lideradas por comunistas, mas isso está muito longe de permitir a suposição de que houvesse qualquer possibilidade de uma revolução comunista no Brasil”, disse o historiador. Ainda segundo fico, João Goulart não era comunista e as suas reformas de base eram bastante modestas.

Confira no vídeo abaixo a explicação do professor:

Pôster do YouTube

Fonte: Café História

AS BRUXAS DA NOITE


As temidas mulheres soviéticas que venceram os nazistas

As “bruxas da noite” que aterrorizaram os alemães: acompanhe a história das temidas pilotas soviéticas que voavam na escuridão para bombardear tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

A capitã de aviação Masha Dolina, do regimento de bombardeio pesado 587, em 1941

Em junho de 1941 a Alemanha nazista deu início à chamada Operação Barbarossa com o objetivo de invadir o território da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Os soviéticos mobilizaram uma força militar gigantesca para conter as tropas de Adolf Hitler e um corajoso grupo de mulheres aviadoras tiveram um papel decisivo neste momento histórico: As Bruxas da Noite.

Na primeira metade do século XX, a presença feminina nas forças armadas de qualquer país era incomum, com exceção das mulheres que atuavam como enfermeiras ou faziam serviços burocráticos, além de outras tarefas pontuais. A União Soviética destoava das demais potências. Pioneiros, os russos abriram espaço para as mulheres na linha de frente do conflito: elas eram mecânicas, atiradoras de elite (função na qual tiveram grande destaque), instrutoras, médicas, pilotas de tanques e, como veremos, integrantes da força aérea do temido Exército Vermelho.

Celebridade Soviética

Os esforços para a criação de um regimento aéreo vieram em grande parte da coronel Marina Mikhailovna Raskova, que, na época, era uma celebridade na União Soviética. Além de quebrar vários recordes de distância de voo, ela era pioneira em diversas áreas. Foi a primeira mulher navegadora da Força Aérea Soviética e a primeira mulher instrutora na Academia Aérea Zhukovskii.

Havia um bom tempo que Raskova tentava convencer as lideranças soviéticas da importância de se criar regimentos femininos na aviação quando, no ano de 1941, o líder Joseph Stalin finalmente concordou com sua proposta. Nasciam ali três regimentos femininos na força aérea soviética.

Os regimentos criados eram o 586º de caças, o 587º de bombardeiros de mergulho bimotor e o 588º de bombardeiros noturnos. Apesar de inicialmente serem ocupados apenas por mulheres, no decorrer do conflito, algumas posições femininas foram ocupadas por homens, mas o regimento 588º se manteve composto exclusivamente por mulheres. Elas não só consertavam e pilotavam aeronaves como, também, comandavam e administravam tudo por lá.

A coronel aviadora russa Marina Raskova.

Diante das pressões impostas pelo avanço da Alemanha, o tempo de treinamento das voluntárias era curto, de apenas seis meses (antes, era de quatro anos). Elas eram formadas por Raskova, que, além da experiência como piloto, conseguia preparar as jovens para um ambiente até então predominantemente masculino. As missões femininas tiveram início oficialmente em 1942, na Ucrânia, quando Valerya Khomiakova ficou conhecida por ser a primeira pilota soviética a abater uma aeronave inimiga durante a noite – era um JU-99 alemão.

As temidas Bruxas da Noite

O 588º Regimento de Bombardeiros Noturnos (mais tarde conhecido como 46º Regimento de Aviação de Bombardeiros Noturnos da Guarda “Taman”) ficou conhecido graças às aviadoras que foram apelidadas pelo exército alemão de “bruxas da noite” (a pesquisadora russa Lyuba Vinogradova acredita que elas mesmo podem haver se apelidado assim). Comandado pela experiente major Yevdokia Bershanskaya, o regimento era formado por jovens voluntárias, em sua maioria universitárias, algumas ainda adolescentes, cujas idades não passavam dos 20 anos. O Regimento operava sempre à noite, como uma forma de cumprir as missões de modo inesperado para os alemães. Além de tropas, veículos de suporte e depósitos de combustíveis estavam entre seus alvos estratégicos.

O regimento feminino atuou em cerca de 24 mil missões e a maioria de suas combatentes participou de pelo menos 800 voos, em condições difícilimas nos aviões biplanos Polikarpov Po-2 com cabine de pilotagem era totalmente aberta, que não protegia as tripulantes dos ventos gelados, tampouco de disparos alemães. No auge de seu funcionamento, o regimento possuía 40 equipes formadas por duas mulheres cada.

Regimento de aviadoras soviéticas em campo de treinamento

Com uma sucessão de missões bem-sucedidas, a fama das combatentes do 588º regimento só crescia. O apelido dado pelos alemães tinha um tom pejorativo. O nome “bruxas da noite” se deu pelo modo como as aviadoras atacavam os soldados nazistas. Ao se aproximarem dos alvos, elas desligavam os motores dos aviões para não chamar a atenção do inimigo e o som do vento em contato com as asas produzia um barulho apavorante para os soldados no solo, que só percebiam o que estava acontecendo quando já era tarde demais. No fim, o apelido acabou se tornando um elogio para as aviadoras.

Os bombardeios feitos pelo 588º Regimento configuravam uma tática psicológica que estressava o inimigo e diminuía sua capacidade de lutar. As aviadoras eram, ao mesmo tempo, desprezadas e temidas, e o piloto alemão que conseguisse abatê-las era condecorado com a medalha “Cruz de Ferro”, uma das mais altas honrarias do Exército alemão. As bruxas utilizavam as aparentes desvantagens do Po-2 a favor delas. Isso valia, por exemplo, para a baixa velocidade e a ótima manobrabilidade do avião, que facilitavam a localização precisa de alvos terrestres com voos em altitude bastante baixa e davam poucas chances aos soldados alemães de se esconder.

Responsável pela criação dos regimentos, Marina Raskova morreu em 1943, durante o conflito, com apenas 30 anos de idade, quando tentava fazer um pouso forçado na margem do rio Volga. Ela recebeu o primeiro funeral de estado de guerra. Raskova foi postumamente condecorada com a Ordem da Guerra Patriótica Primeira Classe. O regimento funcionou até o encerramento da Segunda Guerra, em 1945, e 23 de suas representantes foram agraciadas com a Estrela de Ouro de Herói da União Soviética.

Honra e glória imortalizadas

A URSS mobilizou suas mulheres na luta de vida ou morte contra os nazistas, de uma forma que nunca ocorrera antes nem voltou a ocorrer depois. Quase um milhão de soviéticas engrossaram as fileiras do Exército Vermelho, em todos os postos: sapadoras, tanquistas, franco-atiradoras (tema do próximo livro de Vinogradova), operadoras de metralhadora… Ao todo, 92 delas foram condecoradas como Heroínas da União Soviética.

As soviéticas foram as únicas mulheres do mundo a pilotarem aviões em missões de combate naquele sangrento conflito, enfrentando de igual para igual em numerosas ocasiões os ases da Luftwaffe de Hitler, aos quais impunham surpresas às vezes letais.

Fonte: Frente Trabalhista

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