O GRANDE TOBIAS BARRETO


Tobias Barreto

Lúcia Gaspar

Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

pesquisaescolar@fundaj.gov.br


Tobias Barreto de Meneses nasceu em Campos, Sergipe, no dia 7 de junho de 1839, filho de Pedro Barreto de Meneses, escrivão de órfãos e ausentes da localidade e Emerenciana de Meneses.

Em 1846, matriculou-se na escola primária do professor Manuel Joaquim de Oliveira Campos, na cidade onde nasceu e, em 1851, foi levado à cidade de Estância para aprender latim com o padre Domingos Quirino. Dedicou-se tanto e teve tão bom aproveitamento que, em 1857, foi designado para a cadeira de latim da vila de Itabaiana.

Entre 1854 e 1865 foi professor particular de diversas matérias. Prestou concurso para a cadeira de latim do Ginásio Pernambucano, no Recife, mas não conseguiu ser nomeado.

tobias

Em 1861, viajou à Bahia para seguir a carreira eclesiástica, mas não suportando sua rígida disciplina e sem vocação firme, abandonou o seminário.

Fez os exames preparatórios necessários à matricula no ensino superior, em Salvador.

Mudou-se para o Recife e em 1864, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, onde foi uma das figuras mais importantes do movimento intelectual conhecido como a Escola do Recife, formando-se em 1869.

Durante o seu período na Faculdade colaborou com os jornais O Acadêmico (1865); A Luta (1867); A Regeneração (1868); O Vesúvio (1869); Correio Pernambucano (1869), onde foram publicados artigos de filosofia. O Diario de Pernambuco também publicou várias de suas poesias e o Jornal do RecifeA Província e Correio do Norte, artigos de várias naturezas.

Casou-se, em 1868, com a filha de um coronel, proprietário de engenhos no município de Escada, Pernambuco, e antes de concluir o curso de Direito já estava com um filho de poucos meses.

Durante o ano de 1870 morou no Recife, onde redigiu o jornal O Americano e, em 1871, radicou-se na cidade de Escada, em Pernambuco, onde exerceu a advocacia e dedicou-se ao estudo da língua alemã, sendo um autodidata.

Como dono de uma pequena tipografia em Escada publicou os seguintes periódicos: Um Sinal dos Tempos (dez números, 1874); A Comarca da Escada (cinco números, 1875); Desabuso (cinco números, 1875); Aqui pra Nós (dois números, 1875); O Povo da Escada (três números, 1876); A Igualdade (um número, 1877) e Contra a Hipocrisia (dezesseis números, 1879)

Redigiu e publicou em alemão o jornal Deutscher Kaempfer, (O lutador alemão), Brasilien wie est ist (1876) e Ein Brief na diedeutsche Presse (1878).

No campo da poesia competiu com o poeta baiano Antônio de Castro Alves, a quem superou do ponto de vista cultural.

Aos 43 anos mudou-se de Escada para o Recife, onde, em 1882, através de concurso, conseguiu uma cátedra na Faculdade de Direito do Recife. Desde então dedicou-se exclusivamente a ensinar Direito e a estudar Filosofia.

Problemas de saúde e financeiros acabaram por impedi-lo de sair de casa. Tentou uma viagem à Europa para tratar da saúde, mas não conseguiu por falta de condições financeiras.

Morreu no Recife, no dia 26 de julho de 1889, com cinqüenta anos de idade. Seus ossos foram transportados para a cidade de Aracaju, Sergipe, e colocados em uma urna de bronze, embaixo de uma estátua erigida em sua homenagem.

Suas obras completas, publicadas pelo Instituto Nacional do Livro, incluem os seguintes títulos: Ensaios e estudos de filosofia e crítica, 1975; Brasilien, wie es ist, 1876; Ensaio de pré-história da literatura alemãFilosofia e críticaEstudos alemãs, 1879; Dias e noites, 1881; Menores e loucos, 1884;Discursos, 1887 e Polêmicas, 1901.

Recife, 17 de julho de 2003.
(Atualizado em 8 de setembro de 2009).

FONTES CONSULTADAS:


ACADEMIA Brasileira de Letras. Disponível em:<http://www.academia.org.br/cads/38/tobias.htm>. Acesso em: 18 jun. 2002.


BEVILAQUA, Clovis. História da Faculdade de Direito do Recife. 2.ed. Brasília: INL; Conselho Federal de Cultura, 1977. p. 348-349.


FRANCOVICH, Guillermo. Filósofos brasileiros. Rio de Janeiro: Presença, 1979. p.39-51.


MONT’ALEGRE, Omer. Tobias Barreto. Rio de Janeiro: Vecchi, 1939.

TOBIAS Barreto. [Foto neste texto]. Acervo nda Fundação Joaquim Nabuco.


COMO CITAR ESTE TEXTO
:


Fonte
: GASPAR, Lúcia. Tobias Barreto. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

Publicidade

TRANSPORTE PÚBLICO EM ÉPOCA DE PANDEMIA | PROF. DR. ANÍSIO BRASILEIRO – REITOR DA UFPE- (2011 – 2019)


LIVE ESPECIAL MANIA DE HISTORY COM O PROF. DR. ANÍSIO BRASILEIRO – REITOR DA UFPE(2011 -2019)



》 Reitor da UFPE por 08 anos (2011-2019)
….
✔ Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (1977), mestrado em Engenharia Industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981), Especialização (1987) e Doutorado em Transportes pela École Nationale des Ponts et Chaussées (1991). Realizou estágio pós doutoral no Laboratoire Techniques, Territoires et Société (LATTS), associado à École Nationale des Ponts et Chaussées, Université Marne La Valée et Université Paris XI (2000). Desde 1978 é professor da Universidade Federal de Pernambuco, lotado no Departamento de Engenharia Civil. Em 2015 tornou-se professor titular da UFPE. É professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão das Infraestruturas na Engenharia Civil desde o ano 2003. Exerceu as funções de Diretor Científico da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET, 2003-06), tendo sido Presidente da Associação no biênio 1998/1999. Participou dos Comitês de Assessoramento do CNPq e da CAPES na Área de Engenharia de Transportes (2004-06). Participou do Comitê Gestor do Fundo Setorial de Transportes, representando a comunidade acadêmica (2003-07). Foi representante do Brasil no Comitê Técnico Internacional do Congreso Latinoamericano de transporte publico y transito (CLATPU, 2002-09). Suas atividades de pesquisa se referem à área de Engenharia de Transportes, nas interfaces com o Planejamento Urbano e Políticas Públicas, com ênfase em Economia dos Transportes e gestão de políticas públicas, financiamento dos transportes, história dos transportes, tendo como foco os estudos de Sociologia Econômica e análise de atores e redes sociais. Sua produção científica se expressa por 30 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, 9 livros publicados, 121 trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais, com participação em 33 bancas de mestrado e oito de doutorado, tendo orientado 18 dissertações de mestrado e co-orientado duas teses de doutorado; orientou ainda 15 estudantes de Iniciação Científica.

BRASIL ENTRA PARA A HISTÓRIA EM 2021, INFELIZMENTE NEGATIVAMENTE.


Premiê francês é aplaudido por deputados ao criticar o Brasil por cloroquina

Parlamentares riem da fala de Castex

País suspende ligação aérea com BrasilO primeiro-ministro da França, Jean Castex

PODER360
14.abr.2021 (quarta-feira) – 3h06

O primeiro-ministro da França, Jean Castex, mencionou o Brasil em discurso realizado nessa 3ª feira (13.abr.2021), no parlamento do país. O premiê disse que o Brasil, por recomendação do presidente Jair Bolsonaro, prescreve hidroxicloroquina como tratamento da covid-19 –algo que a França não fez. Os presentes na sessão riem da fala de Castex e o aplaudem.

O medicamento não tem eficiência cientificamente comprovada contra a doença.

A declaração foi feita por Castex ao responder a um deputado que questionou as decisões do governo francês em relação ao combate à covid-19 e medidas para proteger os cidadãos do país.

Me perdoem por lhes dizer, senhores. Os senhores estão distorcendo um pouco a realidade ao sugerir que nada foi feito. Isso está errado, está completamente errado. Uma coisa que não fizemos foi seguir as recomendações dele [do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro]”, falou Castex.

O presidente da República [do Brasil] em 2020 aconselhou a prescrição de hidroxicloroquina”, disse o primeiro-ministro, fazendo com que os presentes rissem e aplaudissem. “E gostaria de lembrar que o Brasil é o país que mais prescreveu [o medicamento]”.

O premiê afirmou que a situação do Brasil é grave e que a variante P.1 do coronavírus, originada em Manaus (AM) “apresenta dificuldades reais”. Por isso, o governo francês decidiu suspender por tempo indeterminado os voos entre Brasil e França.null

É perfeitamente incorreto dizer que ficamos sem agir. No entanto, estamos vendo que a situação está piorando e por isso decidimos suspender todos os voos entre o Brasil e a França até novo aviso”, declarou Castex.

Eis a íntegra da sessão. A fala do primeiro-ministro é a partir do minuto 46. O YouTube tem opção de legenda em português, basta clicar no ícone “Legendas/legendas ocultas (c)”, no canto superior direito do vídeo e depois selecionar o idioma nas configurações (no ícone da engrenagem):https://www.youtube.com/embed/VAU-hwmJc-o

O veto a viagens entre os 2 países era um pedido de autoridades de saúde da França. Epidemiologistas e médicos dizem que é preciso evitar que a P.1 se espalhe pelo país. Há indícios que a variante seja mais transmissível e mais letal que a cepa original do coronavírus Sars-CoV-2.

Antes do veto, viajantes brasileiros já tinham restrições para entrar na França. Os turistas precisavam fazer teste de covid-19 antes de embarcar e ao chegar em território francês. Também podia ser exigido que ficassem de quarentena por pelo menos 10 dias.

Agora, nenhum viajante pode entrar na França se tiver passado pelo Brasil. Os franceses também não podem viajar em voos diretos para o Brasil.

%d blogueiros gostam disto: