O SÉCULO XXI É AMERICANO? | MICHEL ZAIDAN


Antes da Primeira Guerra Mundial, Sartre dizia que era natural ser francês. 0 que não era natural era ser africano, asiático ou sul-americano. Depois da Primeira Grande Guerra, natural passou ser americano do norte. As outras etnias, raças e nacionalidades passaram a ser estranhas, exóticas e, algumas, sobrantes ou excedentes e, por isso, elimináveis. Digo isso em razão de se considerar razoáveis e racionais as pretensões americanas em intervir em tudo ou em todo lugar. É sempre em favor da “democracia”, da “liberdade”, da “civilização judaico-cristã” etc. É a imagem da “potência boazinha” que, conhecida de suas responsabilidades globais, intervém para salvar, pacificar, libertar, defender etc. Com esse discurso messiânico e salvacionista, os americanos – depois da Segunda Guerra Mundial, se auto-elegeram os salvadores da humanidade, intervindo em tudo que se passa no planeta
Curiosamente, a “potência boazinha” não se submete à jurisdição internacional, não respeita as decisões da ONU – ou escolhe a que quer -, não respeita a jurisdição do Tribunal Internacional Penal e não permite que seus cidadãos sejam julgados por crimes de guerra por tribunais estrangeiros. E ainda mantém um verdadeiro “buraco preto” jurídico na base cubana de Guantánamo, com prisioneiros de guerra sem nenhum direito. Como se pode aceitar como natural uma pretensão imperial e amoral como essa? Agora, surgiu o conflito na Ásia Central, no ex-império soviético. Lá vem a cavalaria norte-americana pronta para “ajudar” a Ucrânia a preservar sua soberania diante da Rússia. Acredita alguém nas razões do direito internacional que esteja inspirando a ação dos americanos?
Desde o 11 de setembro, os americanos acharam um motivo para se intrometer nos negócios da Ásia Central, riquíssima de jazidas de gás natural que abastece a Europa. Estão ali perto a República Popular da China, o Iran e a Rússia, competidores da hegemonia global norte-americana. Todos têm armas nucleares. É mais ou menos claro que o governo americano está manipulando seus aliados da Otan para impor limites geopolíticos à Rússia e aos outros competidores. Como disse Putin, a Rússia não pode ficar segura com a instalação de uma base militar em seu entorno, como os americanos não se sentiram com os mísseis soviéticos em Cuba. É um jogo estratégico entre potências. E a Otan, para que tem servido depois do fim da Guerra Fria? Para a presença militar na Europa?
Desde a Revolução de Outubro, a revolucionária polonesa Rosa Luxemburgo já tinha advertido a Lenin que a política das nacionalidades que veio com a União Soviética podia degenerar depois em movimentos nacionalistas de direita. Mas com o rolo compressor da gestão staliniana – do socialismo em um só país -, este risco foi adiado até a implosão do império soviético nos anos 1990. Resultado: todas as lutas separatistas no interior da ex-Uniao Soviética assumiram um aspecto chauvinista e de direita, alimentados por grupos neofascistas e racialistas. Questão da identidade nacional (antirrussa) assumiu o caráter não só de uma luta libertária, mas discriminatória também.
Da parte de Putin, trata-se eminentemente de uma questão geopolitica. Do xadrez das grandes e médias potências na Ásia Central, região muito rica em jazidas de gás natural que abastece a Europa, Putin calcula que o desmembramento territorial da Rússia e o assédio americano, através de aliados orientais, possa aumentar muito o poderio americano na região, desequilibrando a balança de poder. Há ainda a presença de potências competidoras, como os chineses, os iranianos e os indianos.
Não há dúvida que o que menos conta nessa equação sejam os direitos de civis, que são os primeiros a serem sacrificados. Mas na linguagem cínica do militarismo isso chama-se “danos colaterais”.
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O SISTEMA SWIFT E A RÚSSIA


Guerra na Ucrânia: o que é o sistema de pagamentos Swift, que causa divisões sobre sanções à Rússia

26 fevereiro 2022

*Reportagem atualizada às 21h05 de 26/2

Na quinta-feira do dia 24 de fevereiro, quando a Rússia deu início a uma invasão ao território da Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que líderes mundiais teriam “as mãos sujas de sangue” se não banissem a Rússia da rede de pagamentos Swift, fundamental para transações de valores ao redor do mundo.

“Eu não serei diplomático sobre isto. Todos que agora têm dúvidas de que a Rússia deveria ser banida do Swift precisam entender que o sangue de homens, mulheres e crianças ucranianos inocentes estará em suas mãos também”, escreveu em sua página no Twitter.

Os ministros do Reino Unido, da Estônia, da Lituânia e da Letônia uniram-se a Kuleba em sua pressão para que o acesso russo ao sistema global de pagamentos fosse cortado, enquanto outros países europeus vinham sendo relutantes à medida.

No dia 26, União Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos anunciaram que o bloqueio aconteceria de fato. 

“A medida vai garantir que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudicar sua capacidade de operar em nível global”, diz o texto do comunicado conjunto, que afirmava ainda que a implementação ocorreria “nos próximos dias”. 

Mas como essa sanção afetaria a Rússia? E por que sua adoção causa polêmica entre os países?

O que é o Swift?

Swift é uma artéria do sistema financeira global que permite a transferência rápida e fácil de dinheiro através de fronteiras. Seu nome significa Sociedade para Telecomunicação Financeira Mundial entre Bancos, na sigla em inglês.

Criado em 1973 e baseado na Bélgica, o Swift conecta 11 mil bancos e instituições em mais de 200 países. Não é, porém, um banco tradicional. É uma espécie de sistema de mensagens instantâneas que informa usuários quando pagamentos foram enviados e quando eles chegaram ao destino.

Dmytro Kuleba
Legenda da foto, Dmytro Kuleba disse que o Ocidente teria ‘mãos sujas de sangue’ se não banisse a Rússia do Swift

Ele envia mais de 40 milhões de mensagens por dia, e trilhões de dólares passam de mão em mão entre empresas e governos. Acredita-se que mais de 1% dessas mensagens envolvam pagamentos russos.

Por que a pressão para banir a Rússia?

Expulsar a Rússia do sistema, usado por milhares de bancos, atingiria a rede bancária do país e seu acesso a recursos financeiros. Mas muitos governos temem que isso também prejudique suas próprias economias e empresas, conforme a compra e venda de petróleo e gás da Rússia fosse atingida, por exemplo.

O Reino Unido liderou as demandas para que o sistema fosse deligado na Rússia, embora o secretário da Defesa britânico tenha dito: “Infelizmente, o sistema Swift não está sob nosso controle. Não é uma decisão unilateral”.

Acredita-se que a Alemanha fosse resistente à ideia. Na mesma linha, tanto o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, como o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disseram na sexta-feira (25/2) que a opção seria usada apenas como um último recurso.

O presidente americano, Joe Biden, afirmou na quinta-feira que a retirada da Rússia do Swift não estava na mesa “pois neste momento não é uma posição que o resto da Europa deseja tomar”, embora tenha dito que continuaria sendo uma possibilidade.

Quem controla o Swift?

O Swift foi criado por bancos americanos e europeus, que não queriam que uma única instituição desenvolvesse seu próprio sistema e tivesse um monopólio sobre essas transações.

Hoje a rede é de propriedade conjunta de mais de 2 mil bancos e instituições financeiras. É gerenciada pelo Banco Nacional da Bélgica, em parceria com grandes bancos centrais de várias partes do mundo — incluindo o americano Federal Reserve e o Banco da Inglaterra, do Reino Unido.

Notas de rublo
Legenda da foto, A economia russa, que já sofre com a queda do rublo, seria atingida com uma saída do Swift

O Swift ajuda a tornar possível o comércio internacional seguro entre seus membros e supostamente não toma partido em disputas entre nações participantes. 

O Irã, entretanto, foi banido da rede em 2012, como parte das sanções em torno de seu programa nuclear. O país perdeu quase metade de seu faturamento vindo das exportações de petróleo e 30% de seu comércio com o exterior.

O sistema afirma não ter influência sobre sanções e que qualquer decisão de impor alguma medida restritiva cabe aos governos nacionais.

Como a suspensão da Rússia do Swift afetaria o país?

Empresas russas perderiam acesso às transações instantâneas oferecidas pelo Swift. Como consequência, os pagamentos feitos no comércio de suas valiosas commodities de energia e agrícolas seriam seriamente afetados. 

Bancos provavelmente teriam de lidar diretamente um com o outro, o que provocaria atrasos e custos adicionais, e consequentemente reduziria a entrada de recursos para o governo russo.

A Rússia já sofreu a ameaça de ser retirada do Swift antes — em 2014, quando anexou a Crimeia, até então território ucraniano. O país disse na época que a medida seria o equivalente a uma declaração de guerra.

Aliados ocidentais não seguiram em frente, mas a ameaça levou a Rússia a desenvolver seu próprio sistema de transferência entre países, porém ainda incipiente.

Moscou criou governo o Sistema Nacional de Pagamentos de Cartão, conhecido como Mir, para processar pagamentos com cartões. No entanto, poucos países o utilizam atualmente.

Por que os países que fazem oposição à Rússia se dividiram sobre o Swift?

Remover a Rússia do Swift prejudicaria empresas que comercializam bens com a Rússia, particularmente a Alemanha.

A Rússia é o maior fornecedor de petróleo e gás da União Europeia, e encontrar fornecedores alternativos não seria fácil. Com preços de energia já disparando ao redor do mundo, uma interrupção adicional é algo que muitos governos gostariam de evitar.

Preços de combustíveis na Alemanha no fim de 2021
Legenda da foto, Na Europa, muitos temem nova disparada nos preços dos combustíveis, como em 2021

Além disso, empresas credoras dos russos teriam de encontrar outras formas de serem pagas. O risco de um caos no sistema bancário internacional é muito grande, dizem vários observadores.

Alexei Kudrin, ex-ministro das Finanças da Rússia, sugeriu que uma expulsão do Swift poderia provocar uma redução de 5% no PIB (Produto Interno Bruto) da Rússia.

Há, porém, dúvidas sobre o impacto na economia russa no longo prazo. Bancos russos poderiam redirecionar pagamentos através de países que não lhe impuseram sanções, como a China, que tem seu próprio sistema de pagamentos.

Havia certa pressão de congressistas americanos por uma retirada da Rússia do Swift, mas o presidente Biden disse que sua preferência seria por outras sanções, basicamente devido ao impacto que essa teria sobre outros países e suas economias.

Fonte: BBC

O QUE ACONTECE NA UCRÂNIA


O que acontece na Ucrânia – tópicos históricos para entender o conflito atual

Jones Manoel·25/02/2022··5 minutos de leitura

O que acontece na Ucrânia – tópicos históricos para entender o conflito atual

Seguem considerações históricas sobre a questão Ucrânia, Rússia, OTAN e Estados Unidos. É uma tentativa de resumo histórico. Ao final, deixo indicações de livros e materiais.

Primeiro, é necessário entender a relação secular entre Rússia e Ucrânia. Não é correto pensar dois países em separado com cultura, língua, costumes, religião e afins em todo diferenciados. Milhões de ucranianos falam russo e tem identificação com a cultura russa. Não posso, ainda que minimamente, debater aqui a relação histórica entre Ucrânia e Rússia. Recomendo novamente o longo e até cansativo escrito da Revista Opera. Leiam todo o texto e depois voltem para ler a matéria de Pedro Marin (Ucrânia, 40 Graus).https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-8637880478143280&output=html&h=391&slotname=1070732806&adk=246237504&adf=246045670&pi=t.ma~as.1070732806&w=375&lmt=1645878140&rafmt=11&psa=0&format=375×391&url=https%3A%2F%2Fdisparada.com.br%2Fo-que-acontece-na-ucrania-conflito-atual%2F&flash=0&fwr=1&wgl=1&dt=1645878139659&bpp=4&bdt=2524&idt=602&shv=r20220223&mjsv=m202202090102&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&prev_fmts=0x0&nras=1&correlator=3479714598774&frm=20&pv=1&ga_vid=1092469312.1645878141&ga_sid=1645878141&ga_hid=1270277484&ga_fc=1&rplot=4&u_tz=-180&u_his=1&u_h=812&u_w=375&u_ah=812&u_aw=375&u_cd=32&u_sd=2&adx=0&ady=1098&biw=375&bih=630&scr_x=0&scr_y=0&eid=42531398%2C44750774%2C31062423%2C31064037&oid=2&pvsid=1370225029206258&pem=180&tmod=1101216824&nvt=1&eae=0&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C375%2C0%2C375%2C812%2C375%2C630&vis=1&rsz=%7C%7CeEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=128&bc=31&ifi=2&uci=a!2&btvi=1&fsb=1&xpc=TTYRgrLf0f&p=https%3A//disparada.com.br&dtd=1209

Primeiro, com o fim da União Soviética e o Pacto de Varsóvia (aparato militar do campo socialista), os Estados Unidos se comprometeram a não expandir a OTAN para o Leste. Foi um pacto ao fim da Guerra Fria para manter a paz no Leste europeu e com a Rússia. Os Estados Unidos, como sabemos, NÃO CUMPRIU o pacto e seguiu expandindo a OTAN para o leste. Várias ex-repúblicas soviéticas entraram na OTAN e os seguidos protestos diplomáticos da Rússia e de outros países foram ignorados.

A Ucrânia, presidida por Víktor Yanukóvytch, atuava com base em um equilíbrio entre boas relações com o “Ocidente” e com a Rússia. É falso que Yanukóvytch tinha uma postura de fantoche da Rússia. Ele era apenas um líder político que não embarcou na linha anti-Rússia. Em 2013, começa uma série de protestos na Ucrânia que rapidamente é apropriado por grupos neonazistas. A Ucrânia tem um longo histórico de um nacionalismo ultraconservador que assumiu um programa nazifascista e tem Stepan Bandera como seu principal símbolo.

Nos protestos de 2013-2014, era possível ver vários símbolos nazistas, fotos de Stepan Bandera e símbolos dos grupos colaboracionistas ucranianos que apoiaram a invasão de Hitler. Esses protestos, simbolizados genericamente pelo Euromaidan, derrubaram Yanukóvytch. Surge um governo neofascista que além de proibir todas as organizações comunistas do país (matar centenas de comunistas e prender outros milhares), adota uma postura abertamente anti-Rússia e de apoio às iniciativas de provocação, como flertar com a OTAN.

Esse governo neofascista da Ucrânia começa a perseguir os chamados russos étnicos, avançar na proibição do uso do idioma russo, adotar uma política eugenista de separar “ucranianos” e “russos” a partir dos descendentes e criar toda uma retórica xenofóbica agressiva. Por razões de identidade cultural, linguística, religiosa e defendendo a memória antifascista da União Soviética, a população de Donetsk e Lugansk se levanta contra o governo neofascista e proclama sua independência via referendo democrático e com amplo apoio popular.

O Governo de Vladimir Putin – ATENÇÃO – não queria reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk e buscou um acordo militar com a Ucrânia – o acordo ou protocolo de Minsk – de cessar-fogo e fim da retórica e política eugenista e de flertes com genocídio do governo da Ucrânia. O que aconteceu em seguida? Bem, os EUA seguiram vendendo bilhões em armas para Ucrânia, aumentando sua presença militar no Mar Negro, intensificando o aparato militar da OTAN nas fronteiras da Rússia e instigando o governo da Ucrânia a desrespeitar o Acordo de Minsk.

Esse ponto é fundamental: o Governo da Ucrânia desrespeitando o Acordo de Minsk seguiu BOMBARDEANDO Donetsk e Lugansk e perseguindo “russos étnicos” na Ucrânia e a política da Rússia foi tentar seguir na diplomacia (então, assim, não começou a morrer gente só agora).

O Governo Biden sem popularidade (eleição legislativa chegando) e tentando tirar o mercado de gás europeu da Rússia (buscando, é claro, que os EUA forneçam o gás para Europa), aumenta a tensão e escala a provocação caminhando para colocar a Ucrânia na OTAN. Em resposta, o Governo Putin reconhece – depois de anos – a independência de Donetsk e Lugansk, exige o reconhecimento dos termos do acordo de Minsk e que a Ucrânia não entre na OTAN – e o fim da expansão da OTAN para o Leste.

Como nada disso acontece, e o Governo Biden, em outra provocação inacreditável, afirma que irá destruir o gasoduto Nordstream 2 (e o governo alemão simplesmente fica calado e concorda), o governo Putin reage agressivamente e começa uma operação militar na Ucrânia.

Então, recapitulando.

– Estados Unidos QUEBRAM acordo ao final da Guerra Fria de não expandir OTAN para o Leste
– Em 2014 acontece um golpe neonazista na Ucrânia que coloca no poder um governo anti-russo que aceita ser fantoche do “ocidente”
– Esse governo neofascista da Ucrânia começa a perseguir “russos étnicos” e adota uma retórica genocida. Parte do povo ucraniano reage e declara independência em Donetsk e Lugansk
– Começa uma “guerra civil” na Ucrânia
– Um acordo de paz é fechado – Acordo de Minsk
– EUA instiga o Governo da Ucrânia a cada vez mais quebrar os termos do acordo de Minsk
– Há anos o povo de Donetsk e Lugansk é atacado e BOMBARDEADO (não começou agora)
– Governo Biden aumenta a provocação e avança com a ideia da Ucrânia entrar na OTAN.

Chegamos onde estamos. E não, não se trata de dizer que a Rússia é santa ou algo do tipo. O fato objetivo é: os Estados Unidos e a OTAN buscaram esse conflito, quebraram seguidos acordos de paz e colocaram o Governo russo numa situação onde a resposta militar era previsível.

O que defender? a) acordo de paz entre Rússia e Ucrânia com compromisso da Ucrânia não entrar na OTAN; b) respeito a soberania de Donetsk e Lugansk; c) Fim da OTAN; d) retirada de todas as bases militares dos EUA da Europa; e) fim das provocações do Governo Biden.

Nesse processo, apoiar e fortalecer uma rede de solidariedade aos comunistas da Ucrânia para que eles possam “aproveitar” esse momento para derrubar o regime neofascista, acabar com o anticomunismo oficial e reconstruir a Ucrânia em bases socialistas e anti-imperialistas!

E deixando claro: o inimigo e a contradição principal é a OTAN e o imperialismo estadunidense. Isso não significa qualquer elogio ou considerar Putin é “herói”. Chegam relatos, inclusive, que o governo Putin reprime organizações de esquerda na Rússia nesse momento.

Putin representa um projeto político conservador e burguês. A classe trabalhadora da Rússia e suas organizações revolucionárias vão precisar derrotar Putin e o Rússia Unida. Basta lembrar o ensinamento de Mao Zedong: a contradições principal sem esquecer as demais contradições.

Dicas de livros e sites para acompanhar com mais profundidade a questão

– Sobre a histórica expansão da OTAN para o Leste após o fim da URSS – A esquerda ausente de Domenico Losurdo.
– Para pensar de forma mais geral a estratégia dos EUA – A Segunda Guerra Fria de Muniz Bandeira.
– Para pensar em longa duração histórica o imperialismo estadunidense – Formação do império americano de Moniz Bandeira.
– Para pensar a geopolítica nos últimos anos – A desordem mundial de Moniz Bandeira.
– Para abordar a política externa dos EUA em longa duração histórica e suas fontes teóricas, dois livros – A linguagem do império de Domenico Losurdo e A política externa norte-americana e seus teóricos de Perry Anderson.

A FALTA DE INVESTIMENTO E PERSPECTIVA EM C & T LEVA JOVENS PESQUISADORES A DEIXAR O PAÍS | NOTA DA ACADEMIA PERNAMBUCANA DE CIÊNCIAS- APC


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