Guarani, a língua proibida
Castigos físicos nas escolas faziam parte da campanha de disseminação do idioma português no período colonial
Elisa Frühalf Garcia
Até a década de 1750, falar português não era o suficiente para se comunicar no Brasil. Na Colônia, predominava ainda a chamada língua geral. Baseada originariamente no tupi, ela passou por modificações ao longo dos contatos entre os índios e os europeus, até tornar-se a linguagem característica da sociedade colonial. A língua geral era, portanto, falada não apenas pelos índios, mas também por amplas camadas da população. Em algumas regiões da Colônia, como em São Paulo e na Amazônia, ela era utilizada pela maioria dos habitantes, a ponto de exigir que as autoridades portuguesas enviadas a esses lugares se valessem de intérpretes para se comunicar.
Por tudo isso, na segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa criou uma série de leis para transformar os índios em súditos iguais aos demais colonos. Com as mudanças, pretendia-se eliminar as diferenças culturais características dos grupos indígenas, fazendo deles pessoas “civilizadas”. Essas leis, pensadas inicialmente para a Amazônia, foram sistematizadas em 1757 num texto chamado Diretório dos Índios, que acabou se estendendo, posteriormente, para o restante da Colônia. O principal mentor desta política foi Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido mais tarde como Marquês de Pombal.
A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa portuguesa. Pombal entendia, com razão, que o idioma era uma importante arma para o controle político dos súditos.
Saudações Doutora Elisa,
Estou empenhado em uma pesquisa que trata da história da ocupação do Cerrado. Essa pesquisa pretende levantar aspectos históricos, culturais e ambientais da referida ocupação do Cerrado desde sua pré-história.
Como o conceito de meio ambiente envolve a cultura, estou aproveitando inclusive suas pesquisas para mostrar a relevência desses aspectos para a formação de um conceito de meio ambiente que seja holístico, e que traduza as expectativas da construção de conceitos pelos nossos alunos, que precisam de uma visão ampla e crítica a respeito das suas origens e da importância dos elementos que compõe essa mesma origem.
Gostaria apenas de enviar a sinopse do meu trabalho, caso haja interesse em ler. Outrossim, gostaria de compartilhar essa expectativa de poder lançar essa publicação.
Se me respondesse, seria para mim grande honra.
Sou paisagista, restaurador de fotografias, professor de língua japonesa, formado em Letras pela UnB, e presto aqui a minha reverência à nobre professora.
Atenciosamente, Braulio Calvoso
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Deveriamos dar enfase ao estudo de nossa verdadeira lingua mae nas escolas brasileiras (guarani) para valorizarmos o que e nosso!
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