Acontecerá nesta terça-feira, *31 de maio, às 19h*, uma roda de conversa em alusão ao Dia da África, comemorado dia 25 de maio, cujo tema será *“As guerras silenciadas da África”*.
O intuito do evento é voltar o olhar para os acontecimentos no continente africano, que pouco é divulgado ou não chega a existir, em detrimento à guerra que ocorre entre a Rússia e a Ucrânia há mais de um mês. As notícias acerca da guerra já predominou a maioria dos canais noticiários desde que se iniciou, dando ênfase, principalmente, ao quantitativo de mortos e feridos na Ucrânia, a demonização e declarações da retirada do presidente russo. Nesse sentido, não se vê em nenhum dos canais da rede aberta notícias sobre a África, no que diz respeito às guerras que lá existem e devastam muitas comunidades assim como as pessoas. Olhar da mídia para o continente africano é preterido e marginalizado em relação aos países da Europa/Eurásia e, buscamos, com essa roda de conversa trazer estudiosos que se debruçam acerca do tema e elucidar um pouco mais sobre essa problemática.
O evento é gratuito, promovido pelo CiNEAB Comunitário, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UFPE (NEAB/UFPE) e a Coordenadoria de Estudos da África (CEA/UFPE) e as inscrições já estão abertas. Será através da plataforma Google Meet e o link enviado horas antes do evento para o e-mail dos inscritos. Ainda, contaremos com a exibição de um curta, promovido pelo projeto de extensão do Núcleo, o CiNEAB Comunitário, de título “25 de maio, Dia da África”.
A Ucrânia é o segundo maior país da Europa(o maior é a Rússia). Sua capital é Kiev. O país tem 44.921.000 habitantes (estimativa de 2016) e área de 603.628 km2.
O rio Dnieper, o maior da Ucrânia, passa por Kiev, a capital do país.
J. Allan Cash Photolibrary
Quase todo o território ucraniano é plano. Os montes Cárpatos ficam no oeste. A península da Crimeia se estende ao sul, adentrando o mar Negro; nela se encontram os montes da Crimeia, que atravessam toda a península. A savana que cobre o centro e o sul do país é chamada de estepe. No norte da Ucrânia estão os pântanos de Pripet, a maior região de charco da Europa. O maior rio ucraniano é o Dnieper.
Os meses de junho e julho são temporadas de muita chuva na Ucrânia.
Flora e fauna
A maioria das florestas ucranianas fica nos montes Cárpatos, no oeste. Algumas árvores crescem também entre as áreas pantanosas e na Ucrânia central. Entre os animais, há veados, lobos, ursos, raposas, gatos selvagens, castores, doninhas e texugos.
A maioria da população é formada por ucranianos. Os russos são o segundo maior grupo populacional. Também existem pequenos grupos de moldávios, tártaros e bielo-russos. O principal idioma é o ucraniano. A maioria das pessoas vive em pequenos centros urbanos.
Cerca de metade da população ucraniana não segue nenhuma religião. Entre os demais habitantes, a maioria professa o cristianismo ortodoxo oriental. Há um pequeno número de judeus.
Economia
A indústria e a mineração são importantes para a economia da Ucrânia. As fábricas produzem ferro, aço, locomotivas, tratores, produtos químicos e outros bens. As minas fornecem manganês, carvão, minério de ferro, sal, enxofre e outros minerais. A Ucrânia tem ainda reservas de gás natural e petróleo.
Uma mina de carvão na cidade de Donetsk, na Ucrânia.
Durante os séculos V e VI, tribos de povos chamados eslavos chegaram ao território que hoje é a Ucrânia. No século IX, invasores vikings, os varegos, se mesclaram aos eslavos e fundaram o poderoso reino de Rus, cuja capital era Kiev. Esse país perdeu poder quando os mongóis o invadiram no século XIII.
Na Europa ainda é possível encontrar muitos castelos antigos. Este é o Ninho das Andorinhas, que fica no topo de um rochedo na cidade ucraniana de Ialta, à beira do mar Negro, na Europa oriental.
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Poloneses e cossacos
No século XIV, a Lituânia conquistou o território. Depois de 1569, foi a Polônia que governou a maior parte da Ucrânia. Os poloneses transformaram muitos ucranianos em servos, colocando-os para trabalhar na terra, sem direito algum.
Alguns servos fugiram e se juntaram à força militar dos cossacos, que em 1648 liderou um ataque contra o domínio polonês. Os cossacos pediram a ajuda da Rússia para derrotar os poloneses. Eles conseguiram se libertar da Polônia, mas seu novo estado logo se tornou parte do Império Russo.
Controle soviético
No século XVIII, a Rússia lentamente obteve o controle sobre quase toda a Ucrânia. Em 1922, a Ucrânia tornou-se parte da União Soviética. Os soviéticos tomaram posse das fazendas ucranianas, levando à miséria milhares de pessoas. Na década de 1930, entre 5 milhões e 7 milhões de ucranianos morreram de fome.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu a Ucrânia. Forças alemãs transformaram milhões de ucranianos em escravos e mataram cerca de 600 mil judeus ucranianos. Os soviéticos expulsaram os alemães da Ucrânia em 1944.
Independência
Em 1991, a União Soviética se desmembrou e a Ucrânia ficou independente. Em 2004, muitos ucranianos protestaram contra os resultados da eleição presidencial. Eles achavam que a eleição havia sido fraudada. O protesto, conhecido como Revolução Laranja, levou a uma nova votação. No entanto, a instabilidade política do país continuou. Anos depois da independência, a Ucrânia enfrentou dificuldades econômicas. Embora sua economia tenha melhorado no início do século XXI, a crise econômica mundial que começou em 2008 atingiu duramente o país, já que a demanda mundial por seu aço e outros bens diminuiu rapidamente.
Outro movimento de protesto em massa teve início em novembro de 2013 e resultou na derrubada do governo em fevereiro de 2014. O movimento foi centrado na Maidan (Praça da Independência), em Kiev. Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante os protestos. Nas eleições presidenciais de maio de 2014, o multimilionário Petro Poroshenko venceu com mais de 54 por cento dos votos.
Ciclo de Diálogos Formativos: Educação, História e Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas do Semiárido Pernambucano, promovido pelo IF Sertão Pernambucano, Campus Petrolina em parceria com o Instituto Cultural Raízes.